Há exatos 12 anos eu escrevia um post exaltando o excelente Campeonato Brasileiro feito pelo Flamengo em 2007. Com o título de “O Rio Vermelho e Preto…” busquei exaltar o desempenho do time, que saiu da zona de rebaixamento para uma surpreendente classificação para Libertadores de 2008. Naquela época eu só era um garoto que estava no último ano do Colégio Pedro II, com o sonho de ser jornalista e que ainda não havia visto uma grande conquista do Flamengo (não conto o título da Copa do Brasil de 2006, porque não contava com a participação dos clubes que disputavam a Libertadores).
Hoje, 25 de novembro de 2019, vejo o quanto o torcedor do Flamengo se acostumou a pensar pequeno. Comemoração de fuga de rebaixamento, vaga em competição internacional, título estadual. O clube durante décadas se acostumou a ser um grande regional. Nem o título de 2009 conseguiu trazer uma grife nacional, já que foi o campeonato mais atípico da era dos pontos corridos.
A grande guinada do Flamengo teve início com a chegada do atual grupo que comanda o clube, com o presidente Eduardo Bandeira de Melo no comando. A torcida entendeu o momento e abraçou o projeto que mudaria o patamar do Rubro Negro. Deu certo, mas não como todos imaginavam.
O Flamengo de hoje, campeão da Libertadores e do Brasileiro, por muito pouco não viu seu projeto interrompido por conta exatamente da falta de títulos importantes. O ano de 2019 era o da afirmação para essa diretoria. Pelo menos um título grande tinha que ser conquistado. Vieram logo dois.
Aquele torcedor que se acostumou a comemorar migalhas, hoje não se contenta com pouco. Como diz a música que embala as arquibancadas do Maracanã: “E agora o seu povo pede o Mundo de novo”. O Flamengo voltou a ser um time nacional e com um grande potencial de expandir sua marca para além das fronteiras brasileiras. E o técnico Jorge Jesus, grande salvador da Nação, sabe disso. Em sua entrevista após o título da Libertadores deste ano, ele lembrou que um time grande não se faz apenas com torcida, mas sim com títulos importantes.
O garoto de 2007 não imaginava que poucos meses depois de comemorar a vaga na Libertadores acompanharia um dos maiores vexames da história do Flamengo e muito menos que após 12 anos viveria a redenção com o título da competição em cima do maior time do continente na atualidade, e ainda com um time que encanta por onde passa. Não há problema em sonhar. Pelo contrário, temos que ter sonhos, mas viver a realidade é muito mais gostoso.
Hoje, não só o Rio de Janeiro se veste de vermelho e preto, mas sim toda a América do Sul. Resta saber se ela vai gostar dessa nova roupagem e adotar pelos próximos anos. Vamos acompanhar. Quem sabe nos próximos posts falemos do Mundo em Vermelho e Preto.
E você, caro leitor, o que acha que vai acontecer nos próximos anos? Flamengo vai se manter no topo? Deixe seu comentário.
Imagem: Reprodução Internet